O Tesla Roadster vagando no espaço sideral lançado pela empresa aeroespacial Spacex em 06/02/2018 mostra como os carros elétricos vem ganhando espaço e visibilidade no setor automotivo, visto a não-utilização de combustíveis fósseis. Porém embora esse veículo seja visto como a solução para o mercado de carros não poluentes, há razões para suspeitar desse discurso “verde”?
Vantagem dos carros elétricos
Não há dúvidas de que veículos elétricos se sobressaem no cenário ecológico. Devido à utilização de um motor elétrico, a emissão de gases prejudiciais é muito menor comparado ao carro movido à combustão, sem contar que os motores são silenciosos. Outra vantagem é o alto desempenho desses carros que conseguem atingir acelerações altas, como é o caso do modelo Bolt da Chevrolet, que vai de 0 a 100km/h em 7,5 segundos. Isso é devido a energia entregue imediatamente às rodas na aceleração, com o mínimo de desperdício, o que diminui até o custo por Km rodado
Controvérsia na emissão zero?
Por mais que haja inovação a cada geração de elétricos, os altos preços de aquisição é o que mais pressiona os compradores. O carro elétrico mais acessível nos EUA custa US$ 24.520(dados de 2018), o preço de um Honda Civic top de linha. Além disso, a controvérsia da emissão zero está na geração de energia para abastecer esses carros. Por exemplo, atualmente, a Califórnia é o estado que mais investe nos veículos elétricos, com postos de abastecimento elétrico gratuito espalhados pelo Estado. Porém, essa energia gerada é proveniente, em grande parte, da queima de combustíveis fósseis que corresponde a quase 60%.
E como fica no Brasil?
Já no cenário brasileiro,a geração de carros elétricos realmente representaria um grande passo para um país ecológico, pois o consumo de energia no Brasil é proveniente de usinas hidrelétricas, o que corresponde a 90% da geração de energia. Porém, visto ser um país subdesenvolvido e com renda per capita baixa, os consumidores brasileiros não têm condição de adquirir este produto.
Espera-se que nas próximas décadas, adquirir veículos elétricos seja tão accessível como veículos à combustão, por meio de fortes subsídios e pressões governamentais. Paliativos como a utilização de híbridos são incontestáveis para a preservação ambiental, até o barateamento dos elétricos.